Situado em Espinho, ocupando um quarteirão inteiro, daquela cidade em quadrícula, um edifício deslumbrante perde vida a cada dia que passa. Apresento-vos o triste Palacete Rosa Pena.
O Palacete Rosa Pena é uma das obras arquitectónicas de maior relevo e que merece maior destaque pelas suas dimensões, tratamento e decoração. O conjunto apresenta um jogo de volumes proporcionado por torreões, corpos salientes, corpos reentrantes, alpendres e delicados trabalhos de cantaria. Todo o espaço privado encontra-se delimitado por um muro interrompido por um portão em ferro, que permite a entrada no gaveto da rua 19 e 26, depois de o atravessar seguimos para uma escada larga que afunila gradualmente, quando subimos.
No topo da escada um alpendre contínuo segue para o alçado oeste e sul. Outro alpendre coberto e protegido por janelas percorre outra parte do edifício. As diferenças de volume levam também a diferenças de altura e de cobertura, cada bloco assume o seu telhado de cobertura e o corpo mais alto chega a apresentar 4 pisos. De realçar são as janelas, com talhe em cantaria, algumas delas com cartelas esculpidas na pedra, motivos florais, volutas e conchas. Outros aspectos, que lhe conferem graciosidade, são os frisos e painéis de azulejos, com motivos florais em tonalidades de azul, uma cor fria mas tão ligada a uma região dependente do mar.
No blog do arquivo da Câmara Municipal de Espinho encontramos a seguinte informação: «Edifício de 1930, situado na principal rua da Cidade, onde impera a grandeza do seu conjunto e da sua construção. Desenho provável de José Alves Pereira da Silva. Os elementos Arte Nova são notórios ao nível dos vãos, recorrendo à cantaria trabalhada em alguns deles, no uso azulejar do interior e do exterior e nos portões, onde o ferro forjado marca presença imperativa de forma cuidada.»
As portadas velhas, secas e ocas batem em desespero de serem ouvidas.
O vento canta, berra e grita para que o vejam.
A vegetação trepa, tapa e esconde aquilo que se tornou a vergonha da cidade.
As pessoas passam, olham, não olham e não vêem e fogem.
O vento canta, berra e grita para que o vejam.
A vegetação trepa, tapa e esconde aquilo que se tornou a vergonha da cidade.
As pessoas passam, olham, não olham e não vêem e fogem.
Já está marcada uma ruinosa expedição...
ResponderEliminarvale muito a pena... contudo dizem que os riscos de ruir são muitos...embora os toxicodependentes não mostrem medo em frequentar a casa.
ResponderEliminarCara Fernanda, tentei enviar-lhe um e-mail mas vem devolvido. Pode contactar-me atraves do: manuelaferreiracunha@gmail.com ou então indique-me outro contacto de e-mail para podermos conversar. cumprimentos Manuela Cunha
ResponderEliminarOlá, Manoela! Não recebi sua mensagem que leio aqui... Se quiser, podemos retomar nosso contato. Por acaso vim agora à sua página, vou escrever pelo e-mail que colocou aqui. Abraços, Fernanda Pena.
ResponderEliminarBoa tarde,
ResponderEliminarGostaria de entrar em contacto com os atuais proprietários do palácio, consegue indicar-me um email ou contacto pelo qual o possa fazer? Deixo o meu email para facilitar respostas: claudiampereira@outlook.pt
Desde já obrigada
Cláudia Pereira
I have visted this house for 25 years - I notice all, the hand painted walls, the tiles, the architecture, the beauty, the neglect - this house calls to me - I would do anything to renovate it - It's abandoned but it is still seen, very much so
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