quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Obras de Arte escondem segredos


1 - Rafael Sanzio retratou os seus colegas renascentistas como personagens históricos, na obra Escola de Atenas (e ofereceu uma prévia da Basílica de São Pedro 100 anos antes de ela ficar pronta)
Escola de Atenas é um dos trabalhos mais conhecidos do famoso artista renascentista Rafael Sanzio. Composto de quatro afrescos principais, o painel retrata quatro ramos distintos do conhecimento - a Filosofia, a Poesia, a Teologia e o Direito. Em cada um dos afrescos, são retratadas diferentes figuras do conhecimento - como Sócrates, Platão e Pitágoras - e muitos deles recebem emprestado as feições de alguns colegas renascentistas.
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A identidade das figuras não foi confirmada por Rafael e, por esse motivo, existem diversas hipóteses para cada uma delas (apesar de a presença de Aristóteles e Platão ser certa). De acordo com a interpretação mais aceita, a numeração acima mostra duas vezes o próprio Rafael (em 3 e 20), Michelangelo (em 13), Leonardo Da Vinci (em 14), Giuliano da Sangallo (em 15), Donatello (em 17), Donato Bramante (em 18) e Baldassare Castiglione (em 19).


2 - Leonardo da Vinci escondeu uma melodia na obra A Última Ceia
Em 2007, o técnico de computação italiano Giovanni Maria Pala afirmou ter descoberto um deles. Ao desenhar cinco linhas de partitura sobre a imagem, Pala descobriu que os pedaços de pão e as mãos de Jesus e dos apóstolos, no fresco, alinham-se como notas musicais. Tocadas da direita para a esquerda, como era hábito de da Vinci, o arranjo faz sentido musicalmente e soa solene, como um canto de réquiem. Especialistas nas obras de Leonardo dizem que a teoria é plausível, dado que o artista também era um músico talentoso.
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Então, basicamente, da Vinci fez uma trilha sonora para uma de suas pinturas. Gênio.


3 - Michelangelo retratou o seu maior crítico como um demônio que guarda as portas do inferno, no afresco O Juízo Final
O ano era 1541 e Michelangelo, um artista respeitado já na faixa dos sessenta anos, passara os últimos cinco anos trabalhando no seu monumental afresco O Juízo Final, na parede do altar da Capela Sistina. 
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No entanto, havia uma pessoa que não estava nem um pouco feliz com toda essa riqueza de detalhes. Biagio da Cesena era mestre de cerimônias do papa, oficial responsável por supervisionar os serviços realizados na capela e garantir que as obras respeitassem a santidade do local - coisa que ele não achou que a obra de Michelangelo fazia, com todas aquelas pessoas nuas em pêlo. Infelizmente para ele, suas observações foram desconsideradas e, para piorar a situação, Michelangelo, mordido pelas críticas, retratou Biagio como Minos, o demónio responsável por julgar e receber os pecadores no Inferno - completo, com uma cobra agarrada no ding-a-ling e orelhas de burro.
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A sua autora:

LARA VASCOUTO

Internacionalista, ex-Googler e fanática por ler e escrever textos bem-humorados. Optou por ser pobre e feliz na praia ao invés de rica e triste em São Paulo. 
Mais textos em www.nodeoito.com.br.