quinta-feira, 21 de março de 2013

O Coração de D. Pedro



O coração de D. Pedro IV é um dos maiores símbolos da cidade do Porto.

Foi doado à cidade pelo seu apoio no episódio do Cerco do Porto, na Luta pela causa liberal.
O coração encontra-se numa urna, na igreja da Lapa.
De 10 em 10 anos o coração é retirado da urna para ver o seu estado de conservação. Este ano esse exercício foi gravado e TV Porto transmitiu essas imagens.

Mais detalhes sobre na entrevista no seguinte endereço:


Alguma bibliografia sobre o tema: 


 
 



segunda-feira, 18 de março de 2013

Divulgação APHA


Encontros


Apresentação do Filme "Azulejos. Une Utopie Céramique", de Luís de Moura Sobral, 16 de Março, Musée McCord, Montréal, Canadá
Une film écrit, produit et réalisé par Luís de Moura Sobral, présenté dans le cadre du Festival International du Film sur l'Art (FIFA,
www2.artfifa.com/en/) .
+ info:
www.facebook.com/photo.php?fbid=493804280679131&set=a.317826204943607.73994.228724300520465&type=1&theater


 Visita Orientada à Exposição "No Fly Zone. Unlimited Mileage", 17 de Março, 16h, por Fabrícia Valente, Museu Colecção Berardo, Lisboa
Entrada gratuita. Sem marcação prévia.
+ info: 213612800,
servico.educativo@museuberardo.pt.
 
Lançamento do Livro Actas das I Jornadas do Património da Santa Casa da Misericórdia do Porto, coord. Gonçalo Vasconcelos e Sousa, 17 de Março, 17h30, Santa Casa da Misericórdia do Porto
+ info:
www.facebook.com/photo.php?fbid=494179910641568&set=a.317826204943607.73994.228724300520465&type=1&theater

Apresentação do Estudo "Museus e Público Sénior em Portugal – Perceções, Utilizações e Recomendações", 18 de Março, 15h-18h, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Entrada livre.
+ info:
www.gulbenkian.pt/index.php?object=483&article_id=4118langId=1

Conferência "Púlpitos Indo-Portugueses", por Hilda Frias, 19 de Março, Academia da Ciências de Lisboa
Entrada livre.  + info:
www.facebook.com/photo.php?fbid=493781687348057&set=a.317826204943607.73994.228724300520465&type=1&theater

Lançamento do Livro Oráculos da Geografia Iluminista: Dom Luís da Cunha e Jean-Baptiste Bourguignon d’Anville na Construção da Cartografia do Brasil, de Júnia Ferreira Furtado, 19 de Março, 18h, Biblioteca Nacional de Portugal, Lisboa
+ info:
www.bnportugal.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=791%3Alancamento--oraculos-da-geografia-iluminista-19-mar--18h00&catid=163%3A2013&Itemid=820&lang=pt

 1.º Ciclo de Conferências História(s) da(s) Arte(s), 20 de Março, ISCTE-IUL, Lisboa
+ info:
www.facebook.com/photo.php?fbid=493780450681514&set=a.317826204943607.73994.228724300520465&type=1&theater

Colóquio "CCB: Cidade Aberta", 21 de Março, Centro Cultural de Belém, Lisboa
Colóquio evocativo dos 20 anos do CBB. Coordenação: Nuno Grande.
Entrada livre com inscrição prévia.
+ info:
www.facebook.com/photo.php?fbid=10151433260936051&set=a.164931591050.128404.146724991050&type=1&theater

Conferência "Beyond Iconography: Power and Commerce in the Luso-African Salt Cellars", por Peter Mark, 22 de Março, 18h, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
A conferência será proferida pelo Prof. Doutor Peter Mark (Humboldt-Universität) e é organizada pelo Centro de História da FLUL e pelo Instituto de História da Arte da FLUL.
Entrada livre.
+ info:
http://ww3.fl.ul.pt/unidades/institutos/iha/Noticias/Divulgacao/PeterMark.pdf
Palestra “Luz Remota – Paisagens Vindouras”, por Duarte Belo, 22 de Março, Universidade de Évora
+ info:
www.chaia.uevora.pt/pt/event/121/paisagem-e-patrimonio-ii-2012-2013.html

Conversas em Torno de uma Peça: Cruzes Processionais, por Ana Paula Macedo e Anísio Franco, 23 de Março, 10h-12h, Museu Nacional Soares dos Reis, Porto.
+ info:
http://mnsr.imc-ip.pt/pt-PT/agenda/ContentDetail.aspx?id=943

Curso "Comunicação em Museus: Como e Com Quem?", por Maria Vlachou, a partir de 3 de Abril, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Lisboa
+ info:
http://blogdacmag.blogspot.pt/2013/01/comunicar-em-museus-como-e-com-quem.html

Conferência "Public Policies Toward Museums in Times of Crisis", 5 e 6 de Abril, Museu Nacional de Etnologia, Lisboa
A participação na Conferência carece de inscrição.
+ info:
www.icom-portugal.org/iniciativas_outros,132,360,detalhe.aspx

Conferência Internacional "Medieval Europe in Motion", 18 a 20 de Abril, Lisboa
+ info:
https://sites.google.com/site/medievaleuropeinmotion2013/home

Seminário de Paleografia Altimedieval, 18 e 19 de Abril (inscrições até 31 de Março), Faculdade de Letras da Universidade do Porto
  + info:
www.gihmedieval.com/p/seminarios.html
Workshop "Beyond the Western Mediterranean: Materials, Techniques and Artistic Production, 650-1500", 20 de Abril, The Courtauld Institute of Art, Londres, Reino Unido
+ info:
www.courtauld.ac.uk/researchforum/events/2013/apr20_BeyondtheWesternMediterranean.shtml

Curso de Artes Decorativas "Poder e Representação: Jóias das Famílias Reais do Mundo ", por Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, a partir de 30 de Abril, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Lisboa
O curso consta de cinco sessões, que decorrerão entre 30 de Abril e 28 de Maio, às terças-feiras, das 18h às 19h30, e será leccionado pelo Prof. Doutor Gonçalo de Vasconcelos e Sousa (Prof. Catedrático da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa; CITAR/EA-UCP).
+ info: 21 354 09 23,
divulgacao@cmag.dgpc.pt ou geral@cmag.dgpc.pt.


Base de Dados

 Kunsthalle Bremen Online Catalogue, www.kunsthalle-bremen.de/sammlung/online-katalog

Photothek, Kunsthistorisches Institut in Florenz - Max-Planck-Institut,
http://photothek.khi.fi.it


 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Publicações disponiveis para download

Segundo o Portal Porto dos Museus o Metropolitan Museum e o Guggenheim Museo disponibilizam, na plataforma on-line, uma série de públicações para download.


O Metropolitan Museum disponibiliza 700 títulos desde 1964 até aos dias de hoje.
As obras podem ser procuradas através do site oficial ou no link:
http://www.metmuseum.org/research/metpublications/about-metpublications



Relativamente ao Guggenheim Museo  pode encontrar uma vasta gama de obras através do link:
http://www.guggenheim.org/new-york/exhibitions/publications/from-the-archives?layout=default&filter_type=archive&reset=0

















Imagens retiradas dos seguintes links:
http://www.mta.info/mnr/html/getaways/inbound_themet.htm
http://www.students.sbc.edu/muglia07/arthsrsem/page2.html
http://edificandoonline.blogspot.pt/2011/03/museu-guggenheim-bilbao.html

terça-feira, 12 de março de 2013

Por terras do Norte…: Porto, Póvoa de Varzim...

No blog 5 minutos de Arte poderão encontrar uma nova coluna de artigos. Tratam-se de comentários a obras literárias das quais passamos o testemunho através de curtas citações, de comentários, de críticas ou de anotações. Serão obras de carater geral que poderão ser úteis para quem nos acompanha.

Esperemos que apreciem.


Por terras do Norte…: Porto, Póvoa de Varzim…

FREIRE, João Paulo, Por terras do Norte…: Porto, Póvoa de Varzim…, Lisboa, Centro Tipográfico Colonial, 1926.


Esta obra relata alguns episódios de uma viagem feita pelo seu autor, um jornalista, às terras do norte do país. Ao longo do seu relato o autor prende-se nas termas e nas praias e refere o movimento e a afluência de turistas e aquistas a estes espaços.


Ora veja-se «a época termal foi este ano mais concorrida do que no ano anterior. Por toda a parte é esta a nota que mais tem saltado à minha observação de jornalista. Imensa gente, portuguesa e espanhola, encheu de Julho a Setembro, as nossas praias e as nossas termas, a ponto de não haver um único lugar vago, uma única casa que não tivesse mais hospedes que a sua lotação comportava! (…) Vizela não escapou é regra geral e as suas esplêndidas termas e os seus hotéis tiveram este ano uma concorrência que excedeu, em muito, a dos anos anteriores».


As termas e as praias eram, nos inícios do século XX, locais de passeio, lazer e ócio. Onde nada fazer era uma obrigação, para que com isso fosse possível desfrutar de longos passeios, de idas às compras, de chás demorados e de bailes acalentados.


Aquando da despedida de João Paulo Freire da região de Vizela, o autor salienta que «foram três dias de absoluta paz, de perfeita e completa tranquilidade e de infinito gozo espiritual».


Este volume pode ser consultado na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Património em Foco, na FLUC



 Uma sessão organizada pelo Instituto de Historia da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Realizou-se no dia 1 de Março, dia em que a Universidade celebrava o seu 723.º aniversário.

A sala destinada para este evento foi pequena para tantos participantes que se viram encaminhados para o Teatro Paulo Quintela.



Os oradores foram Jorge Custódio, que do seu imenso currículo destaco a passagem pelo Museu Ferroviário, pelo Mosteiro de Alcobaça e o trabalho incrível como comissário da exposição 100 anos de Património – Memória e Identidade e Ana Paula Amendoeira doutoranda em Paris, investigadora do Centro de Estudo Arqueológicos da Universidade de Coimbra e do Porto e, por fim, presidente do ICOMOS.

 
A apresentação de Jorge Custódio intitulou-se «Etapas da História do Património em Portugal». Destaco algumas frases provocativas do historiador quando referia a importância dos historiadores e do estudo da história e como esta é transversal a todas as áreas, ensinos e setores sociais: «não somos nós um veículo no nosso ADN?», «somos passado, presente e futuro» e ainda nós «somos portadores de cultura».
Referiu as diferentes atitudes face ao património que passaram pelo vandalismo até à salvaguarda ou mesmo à preservação. Referiu as questões de datação que apesar de flexíveis no tempo são influenciadas por questões políticas e sociais adjacentes.

Como base para o seu estudo e trabalho para a exposição dos 100 anos de Património Jorge Custódio identificou 12 elementos que ajudam a circunscrever as questões patrimoniais:

1.       herança

2.       condições históricas

3.       estado base das atitudes

4.       sistema de proteção vigente

5.       conjuntura patrimonial internacional

6.       consciência patrimonial

7.       sistema de valores

8.       instituições especializadas

9.       instrumentos de proteção

10.   instrumentos de salvaguarda

11.   instrumentos de gestão

12.   transmissão

Apesar das questões do património serem um motivo para comparações ao nível europeu, apesar da equivalência das etapas do património com questões politicas e apesar de toda a organização e máquina montada em prol do património Jorge Custódio conclui: «Ainda há desnorte!».


A apresentação de Ana Paula Amendoeira intitulou-se «Do Património ao Património Mundial: um percurso geopolítico para um conceito de dominação». Esta apresentação resultou de uma investigação que se encontra a desenvolver atualmente, na qual teve a oportunidade de contactar com documentação inédita e que pode vir a mudar a visão do património, das suas definições e da sua origem.

O conceito de Património da ONU e da UNESCO foi, na sua origem, demasiado simplista uma vez que o objetivo passava por instalar e garantir a paz cultural. No que defende Ana Paula Amendoeira o conceito de desenvolvimento cultural foi inserido pelos EUA e foi a ideia subjacente a determinados discursos políticos que contribuiu para o desenvolvimento do património tal como hoje é conhecido.

O presidente H. Turman, em 1979, diz num discurso que era preciso cuidar dos países que saiam do colonialismo. Cuidar desses países passava por desenvolver os mesmos para que se pudessem equiparar a países desenvolvidos. O conceito de «Património Mundial» é uma invenção americana, encontrada nos textos de discurso produzidos pelos presidentes Nixon e Johnson.

A oradora defende que os dados com que tem vindo a contactar, documentos inéditos do arquivo do conselho de Washington, datados de 1967, revelam que a Unesco não foi a responsável pela origem do termo Património Mundial, mas por outro, repescou o termo dos discursos americanos. Discursos estes que teorizavam as noções de património mundial, como tendo na sua origem o apoio ao desenvolvimento de países novos, que se viam sem os colonizadores.

Nos anos 80, a UNESCO tinha efetivamente a intenção de criar uma «Cruz Vermelha do Património em Perigo» uma organização de apoio e salvaguarda de equipamentos vítimas de inundações e outros flagelos naturais. Este projeto da Unesco e do ICOMOS teve discussão prévia com representantes americanos que fizeram vencer o termo «Património Mundial».

A classificação de um local a Património Mundial é outra questão com influências politica muito demarcadas. A influência americana foi abalada com a entrada da Palestina na UNESCO, uma entrada que os Estados Unidos tentaram travar.

E nisto a discussão que tinha deixado parte da assistência em choque e ainda a digerir toda a informação nova, em primeira mão, muda ligeiramente e inicia-se o debate relativo à classificação de determinados locais pela Unesco. Também a Universidade de Coimbra se encontra com um processo de candidatura da Universidade a Património Mundial, mas outros locais simplesmente não pretendem esse título, apesar de todas as características que reúnem, pelo simples facto de não pretenderem perder aquilo e o que os faz serem diferentes.
É do conhecimento geral que os locais classificados pela Unesco registam um forte aumento ao nível turístico, um crescimento de receitas, aumento dos investimentos hoteleiros entre outros.
Este foi o mote deixado no ar e que impulsionou o debate com a assistência.

 
Do debate reiteramos algumas opiniões:
Ana Paula Amendoeira dizia «há um conflito entre a Unesco que prima pela visão turística e das receitas que confronta com o ICOMOS que prima pelo valor da conservação e da salvaguarda»

O responsável pela candidatura da Universidade o Doutor Raimundo Mendes da Silva reforçava que o importante com estas candidaturas era o que se poderá fazer com eles e os efeitos colaterais.
Jorge Custódio propôs alguma cautela quando se refere a origem do termo património mundial. Sugerindo mesmo uma maturação da ideia, contudo concordou que o património é consensual e pode, por isso, ser aproveitado politicamente.

 
Termino esta espécie de relato, defendendo a casa que me formou e me ajudou a crescer. Sublinhando palavras da Prof. Doutora Luísa Trindade adotadas pelo presidente da Faculdade de Letras Prof. Doutor Carlos Ascensão André «A história da Arte ainda mexe!».
 
Fonte das imagens, por ordem de apresentação das mesmas: