sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mensagens de Natal

Achei curioso partilhar algumas das mensagens mais bonitas que tenho recebido nesta quadra. Uma época em que nos lembramos dos que por vezes nos esquecemos, uma altura em que ficamos contagiados pelo calor humano, pela necessidade de abraçar, cumprimentar e aconchegar.

Recebi uma linda caixa vazia… mas enchi-a com amor e carinho… atei-a com laços de ternura… e envio para ti porque és especial.

Enquanto tu dormias, apaguei todas as estrelas, desliguei a lua e pedi às nuvens para te embalar. Encomendei uma amanhecer perfeito. Pedi ao sol para despertar antes de ti e pedi e Deus para iluminar os teus caminhos e conceder-te muita saúde e força para realizar os teus objectivos, hoje, amanha e sempre.

Já não posso andar de chaminé em chaminé, ando de telemóvel em telemóvel a desejar um Feliz Natal.

Deus dá-nos todos os dias um momento em que é possível mudar tudo o que nos deixa infelizes… Ele pode estar escondido no momento em que enfiamos a chave na porta, no silencio logo após o jantar, nas 1001 coisas que nos parecem sempre iguais. Mas este momento existe – um momento em que toda a força passa por nós e nos permite fazer milagres.


Esta mensagem não é para aqueles de que me lembrei, mas sim para aqueles que não pretendo esquecer.

Se fores… vais mais longe! Se fizeres… faz diferente! Se rires… ri até chorares! Se sonhares… sonha mais alto! Se arriscares… arrisca tudo! Se pensares… pensa por ti! Se saíres… sai da rotina! Se mudares… muda tudo! Se contares… conta comigo!


A única mensagem que devo deixar por fim é que não se esquecem que o Natal não é só em Dezembro, que devemos marcar pela diferença, devemos fazer do Natal uma época rotineira nas nossas vidas.
Lembrem-se do seu verdadeiro sentido da partilha e do amor, essas qualidades não tem preço e não custam a dar.
Bom Natal a Todos

Colégios da Rua da Sofia - Coimbra

O texto seguinte faz parte de um trabalho de investigação desenvolvido no âmbito de um estágio para a Câmara Municipal de Coimbra.

As instituições denominadas colégios, sempre existiram por toda a Europa, estes anexavam-se às Universidades Medievais. O mesmo se passou em Portugal, inicialmente ao longo da Rua de Sofia vários Colégios e Conventos ergueram-se com vista a criar nesta rua uma espécie de “campus” universitário. Após a transferência da Universidade para Coimbra, algumas destas instituições deslocaram-se para a alta, de modo a aproximarem-se do Paço Real.

Aos colégios concorriam alunos de todos os locais, chegavam com sede de aprender as artes liberais e as ciências. Concorriam a subsídios, doados quer pelos mosteiros, catedrais, monarcas ou ainda por particulares. Uma vez que voltavam para a terra natal encontravam-se aptos para ensinar. A vontade de troca de conhecimentos sempre foi muito praticável em Portugal, sabe-se que D. Sancho I, em 1190, concedeu subsídios para manter os religiosos a estudar em Paris.


Deste conjunto de 23 colégios conimbricenses todos eles eram administrados por um prelado, denominado Reitor, com a excepção do Colégio das Artes que o denominava Principal. Cada colégio regia-se por estatutos pessoais e regulamentares, sendo todos eles variáveis dado as prescrições que os estatutos da Universidade nomeavam. Esta comunhão de conhecimento era sentida também nos actos públicos, visto que aquando da existência de procissões ou celebrações solenes os reitores dos colégios eram também convidados a participar.

Do lado Norte/Este da Rua, nasciam colégios e edifícios destinados ao ensino, ligados naturalmente a ordens religiosas. Do lado poente os colégios de S. Boaventura e de S. Tomás, habitações para professores, funcionários, estudantes e o comércio cresceram com vista a responder às necessidades da comunidade estudantil.

Do novo processo de urbanização destaca-se a seguinte evolução (Vasconcelos, 1938):
- 1537 transferência da Universidade para Coimbra;
- 1539 o primeiro colégio toma lugar à sombra da Universidade, sempre com protecção e subsídios do rei D. João III;
- 1557 morre D. João III e Coimbra conta já com 14 colégios;
- Finais do século XVI, conta com 16 colégios;
- Finais do século XVII, conta com 20 colégios;
- Finais do século XVIII, conta com 23 colégios.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

1 boca, 2 orelhas



Num destes dias ouvi uma frase que me fez pensar e que ainda agora salta na minha cabeça «por algum motivo nós temos dois ouvidos e apenas uma boca».
Esta frase foi proferida por uma menina de 18 anos e confesso que fiquei surpreendida com a sua conclusão, reveladora por sinal de bastante maturidade.

Focando toda a minha atenção nesta frase é arrepiante imaginar-me com 2 bocas ou com apenas 1 ouvido…não, não quero nem pensar.
É possível que algum artista já tenha construído um ser com mais olhos e bocas e ouvidos, mas na arte tudo é possível, aceitável e concretizável, mas na realidade existe uma razão para tudo, uma justificação lógica e racional para termos sido desenvolvidos assim, fosso por Quem fosse, ou através de qualquer evolução cientificamente explicável, não é isso que está em questão.

Mas sim o objectivo, a finalidade!
Porque é que, mesmo sendo cada um de nós assim construído anatomicamente, continuamos a falar mais do que aquilo que devemos ouvir?
Falamos sem ouvir e sem construir um raciocínio…tantas e tantas vezes…
Falamos de modo a interromper algo que possivelmente precisamos de ouvir…
Falamos sozinhos, por vezes, para interromper um silêncio, que nos assusta e inquieta…
Falamos quando falamos e quando ouvimos…
Falamos só por falar, só para não estarmos calados…
Falamos quando temos ou quando nem temos algo para contar…
Porque não ouvimos mais, relacionamos mais e pensamos mais?!

Não vou desenvolver o meu exemplo pessoal, porque possivelmente iria falar demais, seria crítica e autocrítica. Crítica, outro termo muito propício a uma boa análise comportamental, quantas vezes não interrompemos as criticas a nós atribuídas? Será que nos custa ouvi-las? Porque, se forem construtivas venham elas…mas são sempre críticas e reparações, e são ditas, são verbalizadas e isso intensifica-as…

Ouvir mais, penar mais, falar quando necessário!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dia do não fumador


No dia 17 de Novembro celebra-se o Dia do Não Fumador. É um dia em que eu posso celebrar porque sou não fumadora, embora insatisfeita por não conseguir convencer os amigos próximos a deixarem esse vício vagabundo.

Por muitos termos e teorias que eu possa usar nada consigo fazer para que eles abdiquem desse objecto destrutivo.

Vou tentar algo diferente…algo mais teórico dado que os dados científicos não convencem os fumadores, vamos aos motivos emocionais:

Alguns fumadores alegam…
É um acto social! Eu é que sou social quando vou fazer companhia ao fumador. Quando estou quentinha no café a ter uma conversa agradável mas vou fazer companhia ao amigo fumador que agora tem que sair do estabelecimento para fumar o seu cigarro.

É uma forma de integração social! Para os mais fracos é certamente uma forma de integração. Mas porque não optam por dividir rebuçados, é muito mais saudável e toda a gente iria gostar.

Maria vai com os outros! Eu deveria responder então atira-te da ponte também, mas isso e muito surreal, agora opto por perguntar se ainda estão na fase da adolescência em que tem que acompanhar as modas.

Tenho que morrer de alguma coisa! Este argumento dá cabo de mim, eu e que morro de choque com tanta idiotice.

É uma forma de transmitir mensagens! Mensagens de fumo? És indígena? Agora usamos cartas, bilhetes, mensagens não sei se já usas mas envia mensagens bastante mais explicitas.

Para terminar já me responderem: espera lá que hás-de morrer saudável! Bom eu espero sinceramente, morrer velhinha, depois de viver muito e muito bem a minha vida, com saúde e alegria, com dentes brancos, pulmões limpos, pele sedosa…sim espero um dia morrer de velhice e não morrer cedo, nova e possivelmente com um Cancro que irá consumir-me até ao último suspiro.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tesouro arrepiante



Tenho o verdadeiro prazer de falar e mostrar a todos um pequeno tesouro, mas grande em singularidade.
Situada no concelho de Santo Tirso em S. Martinho do Campo, uma pequena capela conserva uma pintura em retábulo chocante.

Devo explicar o uso do termo CHOCANTE: a primeira vez que vi esta imagem devia ter uns 9 ou 10 anos e só me perguntava como era possível conceber uma imagem, uma pintura deste género.

A capela a que me refiro ostenta uma inscrição onde podemos ler «Luís Fernandez Prior de Roris Posuit - 1560», é portanto possível de concluir que foi uma obra mandada construir por um Prior de Roriz, Luís Fernandes. Dentro da capela contemplamos A imagem que absorve a atenção de todos e desvaloriza tudo o resto à sua volta.

Uma pintura de cores bastante básicas e envelhecidas: Cristo com 3 faces unidas numa só. Um Deus com 4 olhos, 3 bocas representativo do Pai, Filho e Espírito Santo. Para quem não percebe este jogo representativo, a pintura ostenta, na parte inferior, um esquema em latim que elucida esta ligação existente entre as 3 figuras.
Este retábulo ostenta mais duas imagens mas elas perdem a atenção em prol da central.

Não vou alongar mais a minha exposição, deixo as imagens que comprovam todas as palavras escritas e que ficaram por escrever.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Um livro é um mudo que fala…

Encontro-me num Centro de Estudos em part-time, neste centro existe um mural recheado de frases de grandes poetas, escritores e filósofos. Comecei a ler as frases e foquei em especial uma delas.

«Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive» é curioso como o seu autor – Padre António Vieira define um livro.

Não vou divagar, de forma dessecante sobre a frase, nem elaborar teoria enredadas para a justificar, vou antes tentar completá-la.

Pensando em alguns livros que já li, atrevo-me a enunciar mais qualidades que a leitura proporciona e que os livros nos ensinam a exercer…por este ponto de vista um livro não é apenas um mudo que fala, não é apenas um surdo que responde, não é só um cego que guia ou mesmo um morto que vive…

Um livro ensina-nos a respeitar a diferença
Mostra-nos culturas e sociedades
Revela-nos outras tradições
Reúne saberes
Descreve sabores
Num livro encontramos lugares
Conhecemos histórias
Apreciamos arte
Saboreamos cultura
Num livro degolamos letras
Montamos palavras
Construímos frases
Lemos estórias
Num livro aprendemos a falar
Sabemos responder
Conseguimos guiar
E aprendemos a viver

sábado, 19 de setembro de 2009

Um café e uma sms


Desde há algum tempo para cá tenho-me apercebido de uma mudança comportamental na nossa sociedade.

Actualmente assistimos a pessoas sozinhas que querem tomar um café, sair um pouco ou ler o jornal mas, por motivos alheios a si mesmos, não tem companhia para tal. Posto isto assistimos a situações de indivíduos que se deslocam ao café com uma “pessoa” mas a alguns km de distância… como é possível tal fenómeno? Vídeo-conferência?! Podia ser, mas não.

A resposta é simples, através de uma sms.
Em cada gole de café existe um telemóvel na mão e é enviada uma mensagem escrita.
A que conclusão chegamos com isto?
Podemos pensar da seguinte forma: por um lado não há nada melhor que tomar um café em boa companhia, ou para iniciar ou para encerrar o dia; por outro lado é bom tomar um café enquanto “falamos” com alguém querido mas que simplesmente não está perto.
Já deve ter acontecido a todos nós, mas se ainda não aconteceu congratulo essas pessoas. Para aquelas que vivem esta situação com frequência só deixo uma mensagem: a solidão e cm bber 1 café s/ açúcar, c c/panhia o café torna s doce, aptcível e tentadora/e repetível. (transcrição: a solidão é como beber um café sem açúcar, com companhia o café torna-se doce, apetecível e tentadoramente repetível)

Por outro lado ainda acontece outro fenómeno: por vezes estamos acompanhados e mesmo assim enviamos uma sms a outra pessoa, mas porquê? Este é o fenómeno da necessidade de comunicação, embora esta possa ser impessoal e com pouco contacto físico.
Agora tenho o prazer de partilhar com todos os leitores um dos e-mails mais bonitos que recebi e que, até agora, mais me fez reflectir sobre as minhas prioridades.
Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra, pegou num frasco grande e vazio e começou a enchê-lo com bolas de golfe. A seguir perguntou aos estudantes se o frasco estava cheio. Todos estiveram de acordo em dizer que “Sim”.

O professor pegou então numa caixa de fósforos e despejou-os dentro do frasco. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a responder que “Sim”.

Logo, o professor pegou numa caixa de areia e a despejou-a dentro do frasco. Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o professor questionou novamente se o frasco estava cheio. Os alunos responderam-lhe com um “Sim” retumbante.

O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes riram-se nesta ocasião. Quando os risos terminaram, o professor comentou:“Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes: a família, os filhos, a saúde, a alegria, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas, que mesmo que perdessemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia. Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas. Se primeiro colocamos a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida. Se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes. Prestem atenção às coisas que realmente importam. Estabeleçam as vossas prioridades, e o resto é só areia”.
Um dos estudantes levantou a mão e perguntou: “Então e o que representa o café?” O professor sorriu e disse: “Ainda bem que perguntas! Isso é só para vos mostrar que por mais ocupada que a vossa vida possa parecer, há sempre lugar para tomar um café com um amigo”.


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Como seria a face da Vitória de Samutrácia?



Muitas vezes coloco esta questão mas nunca consigo chegar a uma conclusão.

Pensasse tratar-se da deusa Atena Nike e foi encontrada já no século XIX na ilha de Samotrácia no Mar Egeu. Em grego o seu nome é Nike tes Samothrakes.
Esta é sem dúvida a escultura grega que elejo como a minha predilecta. Talvez por estar incompleta, ou melhor por ter sofrido com a agressividade dos tempos e dos mares torna-se tão enigmática. Mesmo sem braços e sem cabeça não perde o encanto e o misticismo.

A sua forma corporal é tão perfeita… tão real que conseguimos sentir o vento que ondula as suas roupas. O vento que sopra contra o corpo da Vitória deixa adivinhar as suas formas femininas de deusa. Na minha opinião, muito humilde por sinal, o Museu do Louvre devia colocar fortes ventoinhas contra a Vitória para que sintamos no local a aragem forte que ajuda a esculpir a estátua.

Se o corpo revela uma mestria impar no tratamento o rosto não deveria ser menos imponente. Dada a perfeição da mão do artista, imaginar o rosto torna-se muito difícil mas aliciante. Porque não tentar desenvolver um rosto para um corpo inimitável? Fica a deixa…e o sonho…
Algumas obras defendem que a deusa está a pousar na proa do navio, daí a sua forma desequilibrada. Eu gosto de pensar que ela está a levantar voo, que possivelmente abriu as asas e está a impulsionar o corpo para se levantar, para visualizar o mar e controlar possíveis perigos que este possa a apresentar aos navegadores.

Ela salva e abriga os desesperados nas suas asas.
Ela equilibra o barco em altura de caos.
Ela luta com quem a enfrenta.
Ela suporta o vento e a tempestade.
Ela encanta com o voo.
Ele deveria ser a mais bela deusa do mundo.

domingo, 23 de agosto de 2009

O número 5


Muito obrigada por visitarem o meu blog.
E para vos agradecer passo a explicar o motivo do nome, porque merecem e porque gostaria de contar convosco mais uma vez.

No momento que pensei na criação do blog tudo direccionava para este número e passo a explicá-lo:

Pretendo que os meus comentários sejam lidos em, mais ou menos, 5 minutos ou, caso isso não aconteça, que o leitor pensei que apenas passaram 5 minutos rápidos e envolventes.

Os números da minha vida, encaminham para o 5, senão vejamos: dia de aniversário 14, ou 1+4=5; idade 23, ou 2+3=5; ano de nascimento 1985, ou 1+9+8+5=23 que por sua vez 2+3=5.

Por fim penso que tudo tem relação ou acontece por algum propósito e intenção, logo nesta situação pura e simplesmente estou com vontade de comentar alguns aspectos, pormenores, locais e objectos…

Mais uma vez obrigada e desfrutem.