terça-feira, 8 de setembro de 2009

Como seria a face da Vitória de Samutrácia?



Muitas vezes coloco esta questão mas nunca consigo chegar a uma conclusão.

Pensasse tratar-se da deusa Atena Nike e foi encontrada já no século XIX na ilha de Samotrácia no Mar Egeu. Em grego o seu nome é Nike tes Samothrakes.
Esta é sem dúvida a escultura grega que elejo como a minha predilecta. Talvez por estar incompleta, ou melhor por ter sofrido com a agressividade dos tempos e dos mares torna-se tão enigmática. Mesmo sem braços e sem cabeça não perde o encanto e o misticismo.

A sua forma corporal é tão perfeita… tão real que conseguimos sentir o vento que ondula as suas roupas. O vento que sopra contra o corpo da Vitória deixa adivinhar as suas formas femininas de deusa. Na minha opinião, muito humilde por sinal, o Museu do Louvre devia colocar fortes ventoinhas contra a Vitória para que sintamos no local a aragem forte que ajuda a esculpir a estátua.

Se o corpo revela uma mestria impar no tratamento o rosto não deveria ser menos imponente. Dada a perfeição da mão do artista, imaginar o rosto torna-se muito difícil mas aliciante. Porque não tentar desenvolver um rosto para um corpo inimitável? Fica a deixa…e o sonho…
Algumas obras defendem que a deusa está a pousar na proa do navio, daí a sua forma desequilibrada. Eu gosto de pensar que ela está a levantar voo, que possivelmente abriu as asas e está a impulsionar o corpo para se levantar, para visualizar o mar e controlar possíveis perigos que este possa a apresentar aos navegadores.

Ela salva e abriga os desesperados nas suas asas.
Ela equilibra o barco em altura de caos.
Ela luta com quem a enfrenta.
Ela suporta o vento e a tempestade.
Ela encanta com o voo.
Ele deveria ser a mais bela deusa do mundo.

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