quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Introdução a Casas-museu


Uma casa-museu é um museu em primeiro lugar, mas tem algumas características que a destacam do museu convencional.


A primeira casa-museu que se conhece na Europa, a de Wagner, originou o desenvolvimento e a criação de muitas outras nomeadamente em Portugal com a casa de Camilo Castelo Branco (imagem).


Relativamente ao que se refere à memória pessoal e a todos os instrumentos que a envolvem, preenchem e dão personalidade, salientamos os bens móveis e imóveis que completam a casa- museu. Casa instrumento completa a memória da casa, faz dela parte e constituiu a sua personalidade.


Dentro de uma casa-museu é possível viver uma dualidade de perspectivas, é possível ver a casa como um museu aberto ao público com uma série de objectos expostos e dessa forma aprecia-se o respectivo espólio; ou ainda ver a casa como testemunho da vivência de uma figura impar e com significado especial. Em algumas casas-museu sobressai a acção do coleccionador e a vivência e a casa em si passam para segundo plano como acontece na casa-museu Anastácio Gonçalves e na Byssaia Barreto onde o espólio replete importância ao nível histórico-cultural.


Para além de um local de exposição e memória colectiva, as casas-museu, tem a importante função educativa, mostra as tendências arquitecturais da época, revela o tipo de decoração praticada, expoem pormenores íntimos da vida privada.


Bibliografia:

ARAUJO, Alexandra, «Casas-Museu em reflexão» in Boletim Trimestral da Rede Portuguesa de Museus, n.º12, Junho de 2004.

SOUSA, Élvio Melim, De Residência privada a Casa-Museu de Leal da Câmara, Um percurso singular, Sintra, 2005.

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