Uma casa-museu é um museu em primeiro lugar, mas tem algumas características que a destacam do museu convencional.
A primeira casa-museu que se conhece na Europa, a de Wagner, originou o desenvolvimento e a criação de muitas outras nomeadamente em Portugal com a casa de Camilo Castelo Branco (imagem).
Relativamente ao que se refere à memória pessoal e a todos os instrumentos que a envolvem, preenchem e dão personalidade, salientamos os bens móveis e imóveis que completam a casa- museu. Casa instrumento completa a memória da casa, faz dela parte e constituiu a sua personalidade.
Dentro de uma casa-museu é possível viver uma dualidade de perspectivas, é possível ver a casa como um museu aberto ao público com uma série de objectos expostos e dessa forma aprecia-se o respectivo espólio; ou ainda ver a casa como testemunho da vivência de uma figura impar e com significado especial. Em algumas casas-museu sobressai a acção do coleccionador e a vivência e a casa em si passam para segundo plano como acontece na casa-museu Anastácio Gonçalves e na Byssaia Barreto onde o espólio replete importância ao nível histórico-cultural.
Bibliografia:
ARAUJO, Alexandra, «Casas-Museu em reflexão» in Boletim Trimestral da Rede Portuguesa de Museus, n.º12, Junho de 2004.
SOUSA, Élvio Melim, De Residência privada a Casa-Museu de Leal da Câmara, Um percurso singular, Sintra, 2005.
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