quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Museu do pão – análise crítica

Um destes sábados fomos almoçar ao Museu do Pão em Seia e
depois, claro, fomos visitar o museu.

Muitos teóricos afirmam, a colecção não é tudo num museu,
mas pode ser um bom principio… pois bem no Museu do Pão a colecção funciona como
um todo.


Um bonito e amplo restaurante constitui uma grande parte do
museu. O serviço de buffet tinha produtos muito bons, variados, tradicionais e
sempre com pão para acompanhar. Existia inclusive 3 tipos de pão: broa, de
centeio e o pão da casa. Um óptimo exemplo de merchandising é o próprio pão que
chega a ser produzido para outros estabelecimentos de comércio.


A decoração da sala é conseguida, grande parte, à base de
massa pão desde as tabelas dos produtos, os poemas decorativos, as figuras das
estações, os candeeiros e até as caixinhas onde vem as contas para a mesa.


O serviço de pratos não se apresenta branco e sem
identificação, por outro lado, mostra um logótipo do museu e um selo de
qualidade da Vista Alegre. Os funcionários apresentam-se vestidos a rigor, quer
pelo museu quer pelo restaurante. Todos eles vestem-se de branco, tipo
padeiros, com avental e barrete todos brancos


O enquadramento proporcionado pela Serra da Estrela é
remetido para o interior da sala do restaurante através de uma fonte que
percorre grande parte da sala até uma roda de moinho na outra ponta.

Um pequeno reparo a fazer na sala prende-se com umas
pequenas teias de aranha que se viam junto das lâmpadas.


De destacar positivamente é o fluxo de público muito intenso
que registei entre as 13.30 e as 15, em que todas as mesas estiveram ocupadas,
em que alguns grupos tiveram que aguardar um pouco para ter lugar. Lugar este
bastante indicado até para grupos em festas.


As salas de exposição apresentavam os diferentes processos
da confecção do pão, diferentes tipos de pão dos diferentes lugares do país e
até como se diz «pão» nas mais diferentes línguas, possivelmente uma forma de
encher espaço.


Positivamente a sala de serviços educativos, com mostras
animadas da confecção do pão e ainda a loja do museu, com imensa variedade de
produtos típicos e pães à venda, mas com escassez de pequenas recordações, mais
acessíveis e baratas. O mesmo se passa com obras literárias, são poucas para
venda e muito vagas. Em contraponto o museu dispõem de uma sala de chá com
biblioteca, seria mais rentável equilibrar os dois pólos.

Uma nota importante a reter prende-se com o logótipo. À entrada
vemos um logo do lado direito e outro do lado esquerdo, no guardanapo vemos um
logo e no prato outro, no bilhete temos um logo e no puxador da porta outro. Uma
mistura sem fim, confusa e pouco clara.

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