segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

5 minutos de jazz


Congratular e divulgar com programa, quase meu homónimo: 5 minutos de jazz!



Porque ouvir música alegra e rejuvenesce, ouçam mais música, cantem mais e encantarão de certeza.



José Duarte leva-nos numa viagem pelo jazz, nos seus variadíssimos estilos e evoluções ao longo dos anos. Foi fundador do ‘Clube Universitário de Jazz’, em 1958 e o seu programa comemorou 40 anos de emissão. Num programa diário - de segunda a sexta. Emitido pela Rádio Renascença (1966-1975) / Rádio Comercial (1984-1993) / RTP – antena 1 (desde 1993).

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bissaya Barreto e José Malhoa





José Malhoa (1854-1933) frequentou a Escola de Belas Artes com 12 anos e desde logo destacou-se pelas suas aptidões estilísticas.


O seu primeiro trabalho foi pintar o tecto da sala de concerto no Conservatório Real de Lisboa; seguidamente pintou a sala do Supremo Tribunal de Justiça de Lisboa.


As suas telas destacavam-se pela luminosidade, pela capacidade de retratar o campestre, representava o povo e os seus costumes. Apesar de algumas dificuldades no início da vida Malhoa conseguiu ganhar nome e prestigio na praça e foi muito requisitado para retratar homens de poder.


Exemplo disso mesmo foi o Professor Bissaya Barreto que se deixou pintar pelo artista. Sendo que este conseguiu captar os contrastes, os olhares, as sombras de modo a transmiti-lo para além da tela. Como retratista é directo e verdadeiro, não camufla o que vê. Assistimos a comunicações entre o artista e Bissaya referentes ao retrato do encomendante, o resultado do trabalho é impressionante, as sombras faciais, a luminosidade do olhar e a curvatura da mão são aspectos de destaque. Na obra a pastel de Malhoa, o Professor Bissaya Barreto é retratado de borla e capelo.

(bibliografia: Pintura, O naturalismo na colecção de Arte da Fundação Bissaya Barreto, Coimbra, Casa-Museu Bissaya Barreto, 2009.

GONÇALVES, Rui Mário, A Arte Portuguesa do século XX, Lisboa, Circulo de Leitores, 2010.

Artistas do grupo do Leão, exposição do Centenário, Caldas da Rainha, Museu José Malhoa, 1981.)

domingo, 19 de dezembro de 2010

Publicação de Artigo

Olá a todos!


Hoje venho anunciar uma pequena publicação que realizei para uma revista. Deram-me a oportunidade de o fazer e gostava de partilhar com todos os que visitam o meu blog.


A revista Idearte – Revista de Teorias e Ciências da Arte tem como missão divulgar trabalhos e projectos relacionados com Arte e História. Muito me apraz fazer parte deste projecto, que, ao mesmo tempo, me dá a possibilidade de mostrar um trabalho de investigação e quiçá, abrir uma pequena janela para o meu futuro profissional.


Deixo vos o link para poderem ver todos os volumes que esta revista já publicou, on-line, e em particular o volume 6 e o artigo relativo à «Quinta da Prelada».


http://www.idearte.org/revista-idearte/



Obrigada mais uma vez e Boas Festas a todos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A vírgula

Antes de passar ao texto devo agradecer à Raquel por mo ter enviado por e-mail. Achei por bem publicá-lo para dar a perceber as diferentes interpretações que uma vírgula pode causar. Ao mesmo tempo para pedir que as utilizem se querem dar sentido às coisas e assim de tudo, exprimam-se sem receios…

Esta é uma iniciativa da Associação Brasileira de Imprensa.

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.

Não, espere.

Não espere...

Ela pode sumir com seu dinheiro.

23,4.

2,34.

Pode criar heróis..

Isso só, ele resolve.

Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.

Vamos perder, nada foi resolvido.

Vamos perder nada, foi resolvido

A vírgula muda uma opinião.

Não queremos saber.

Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.

Não tenha clemência!

Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.

sábado, 20 de novembro de 2010

Canivete Romano de meter inveja aos Suíços

Encontra-se em exposição no Museu Britânico Fitzwilliam, em Cambridge um canivete datado de 200 a 300 d. C.

O canivete é feito de prata com uma lâmina de ferro, é constituído por uma colher, garfo, espátula, uma espécie de palito pequeno e um retráctil. Especialistas acreditam que este utensílio pode ter sido utilizado para extrair caracóis. Esta peça foi adquirida pelo museu em 1991 e está actualmente em exposição na sala de peças Romanas e Gregas.

O porta-voz do museu defende que esta peça pode ter pertencido a um viajante e a sua vertente prática e funcional tornou-a essencial para acompanhar em viagens.











Imagens retiradas de:

http://www.fitzmuseum.cam.ac.uk/opac/search/cataloguedetail.html?_function_=xslt&_limit_=10&priref=70534#1







domingo, 14 de novembro de 2010

Passeio pedestre no Gerês











Em Julho deste ano fui convidada (agradeço à Teresa pelo convite) para fazer um passeio, com um grupo de colegas pelo Gerês. Com um dia quente e agradável subimos o Gerês de carro e começamos uma longa caminhada.




O Gerês que mais conhecemos prende-se com a igreja de S. Bento e a zona turística junto ao rio. Proponho-vos fazer uma caminhada seguindo um bom guia (que foi o nosso caso, e aqui fica o meu agradecimento ao Vítor) ou seguindo as pistas pintadas em muitos dos rochedos que constituem a paisagem.






Passamos por cabras, por vacas, por cães, vimos cavalos selvagens e toda uma natureza que nos abraçou de forma calorosa. Importa respeitar o espaço onde estamos, e não interferir um os animais uma vez que muitos deles não andam orientados pelo homem.






A experiência foi óptima, o ar era puro, a terra quente e a rocha agreste, subir e descer pelas imponentes rochas foi um exercício a aperfeiçoar.






Recomendo esta aventura a todos o que gostem de natureza, pois ela traz nos a verdadeira paz. No final ainda podemos contemplar as quedas de água que o Gerês esconde, uma zona linda… deixo-vos com as imagens e boas caminhadas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Introdução a Casas-museu


Uma casa-museu é um museu em primeiro lugar, mas tem algumas características que a destacam do museu convencional.


A primeira casa-museu que se conhece na Europa, a de Wagner, originou o desenvolvimento e a criação de muitas outras nomeadamente em Portugal com a casa de Camilo Castelo Branco (imagem).


Relativamente ao que se refere à memória pessoal e a todos os instrumentos que a envolvem, preenchem e dão personalidade, salientamos os bens móveis e imóveis que completam a casa- museu. Casa instrumento completa a memória da casa, faz dela parte e constituiu a sua personalidade.


Dentro de uma casa-museu é possível viver uma dualidade de perspectivas, é possível ver a casa como um museu aberto ao público com uma série de objectos expostos e dessa forma aprecia-se o respectivo espólio; ou ainda ver a casa como testemunho da vivência de uma figura impar e com significado especial. Em algumas casas-museu sobressai a acção do coleccionador e a vivência e a casa em si passam para segundo plano como acontece na casa-museu Anastácio Gonçalves e na Byssaia Barreto onde o espólio replete importância ao nível histórico-cultural.


Para além de um local de exposição e memória colectiva, as casas-museu, tem a importante função educativa, mostra as tendências arquitecturais da época, revela o tipo de decoração praticada, expoem pormenores íntimos da vida privada.


Bibliografia:

ARAUJO, Alexandra, «Casas-Museu em reflexão» in Boletim Trimestral da Rede Portuguesa de Museus, n.º12, Junho de 2004.

SOUSA, Élvio Melim, De Residência privada a Casa-Museu de Leal da Câmara, Um percurso singular, Sintra, 2005.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Medievalismo Vs. Contemporaneidade

Com todo o burburinho que vivemos por estes dias em que se fala de direitos humanos e liberdade de expressão, que ao que parece não estão totalmente recuperadas, lembrei-me de fazer um paralelismo com a nossa situação actual e com o que viviam os nossos antepassados.

Se na época medieval existia o senhorio (território onde um senhor exercia poder sobre a terra e sobre os homens) que pertencia ao rei, à nobreza ou ao clero; hoje em dia os grandes senhorios como a empresa PT também pertencem, em parte ao governo, e ele decide, indevidamente, sobre a vida e futuro de tantos homens e mulheres que lá trabalham.

A sociedade medieval dividia-se pelo rei, no topo, seguido do clero, da nobreza e por fim o povo. Nos nossos dias as coisas não estão muito diferentes, primeiro está o governo, o clero, seguido de Américo Amorim e Belmiro de Azevedo, depois o povo que se safa com as despesas e por fim os pobres.

Nos domínios senhorias, o senhor recolhia os direitos dominiais provenientes da exploração do solo pelos camponeses; hoje os nossos descontos aumentaram, mais uma vez, para pagar algum subsídio aos desocupados da nossa sociedade.

Há muitos séculos atrás o senhorio tinha o direito de vender primeiro a sua colheita agrícola e só depois os camponeses vendiam a sua (mas só aqueles que podiam, dado que em muitos casos era para consumo próprio); hoje a maçã de Moimenta da Beira é vendida, pronta e embalada, para uma grande superfície comercial a 0.10 cêntimos mas o povo compra-a a 0.40 cêntimos (valores aproximados).

Na idade medieval o povo, o que menos podia, pagava para entrar no domínio do senhor, pagava para usar o moinho e forno do senhor; hoje o povo, o que menos pode, tem que pagar portagens, parque de estacionamento no centro das cidades e impressos em serviços públicos.

Na sociedade medieval os poucos que escreviam, podiam registar alguns dados em pergaminhos e guardá-los nas bibliotecas das catedrais mais centrais, infelizmente em caso de incêndio perdia-se quase tudo; hoje, quase todos escrevem a computador, as repartições publicas informatizam tudo, quando se esquecem de fazer backups muitas informações se perdem e em dias que não há ligação à internet, simplesmente não funcionam.

O rei medieval centralizava em si todos os poderes: defesa, justiça, legislação e fiscalidade, o nosso governo centraliza no seu grupo de trabalho um ministro da defesa, justiça e fiscalidade, um ministro que é subordinado à voz e postura do seu subordinante.

Mas nem tudo são semelhanças, as diferenças também existem: na sociedade medieval nem todos sabiam escrever, poucos tinham acesso à instrução mas hoje os que não sabem podem aprender graças os novos, fantásticos e instrutivos centros de novas oportunidades.

As construções arquitectónicas eram robustas, fortes e sólidas, hoje no fim de algumas construções “é normal cair uma telha ou outra”.

Hoje um jornalista ou jornal que expressam declarações menos abonatórias com o poder, são afastados, são proibidos de publicar, são reprimidos de dizer a verdade.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Igreja Românica de Serzedelo


Localizada no concelho de Guimarães a igreja de Santa Cristina de Serzedelo é um belo exemplo de arquitectura românica.





Um edifício muito simples de construção cerrada e de poucas aberturas, com uma bela torre sineira. O seu interior apresenta quatro divisões sendo a primeira e a segunda a nave central embora tenham níveis diferentes, a terceira é a cabeceira que tem anexada a si uma capela de origem gótica.



O seu enquadramento geográfico sofreu um melhoramento considerável. À sua volta existe agora um espaço verde acolhedor e convidativo, com estacionamento organizado. Quando descemos para o átrio exterior um pormenor que salta aos olhos: no arco da porta de entrada podemos vislumbrar vários símbolos repetidos, como o que mostramos na imagem. Fica a dúvida da sua simbologia, caso alguém tenha conhecimento do que se trata faça o seu comentário para nos esclarecer.




Foi retirada a escada que permitia subir à torre sineira, impossibilitando assim mais actos de vandalismo ao nosso património.








À volta do edifico podemos encontrar um autentico museu ao ar livre, com vários túmulos, sendo que alguns deles apresentam um tratamento especial. Um deles tem um trato arredondado com ornamentos laterais suaves, que podem fazer a ligação ao percurso para o céu. Outro deles apresenta no cimo do túmulo uma espada esculpida, possivelmente pertenceu ao um cavaleiro medieval.




Fica o convite a todos os que visitarem Guimarães e o Norte do país não deixem de visitar a vila de Serzedelo.